Velho Filme

Houve um tempo em que o meu mundo eram apenas sonhos,
e eu me dividia entre o riso e a diversão,
a felicidade de estar com você,
a esperança de dias cada vez melhores,
porque eu vivia um caso de amor.

Quando no meu mundo tudo era azul,
eu não tinha medo de nada e abria portas,
era inocente e tinha um brilho no olhar,
se causava inveja não sabia, nada temia,
se me arriscava, isso não importava,
afinal de contas eu amava…

Quando você se foi,
um pedaço de mim foi arrancado,
parte dos meus sonhos se espalharam pelo chão,
minha alegria foi desaparecendo,
o mundo foi ficando cinza, e eu me tranquei.

Me tranquei no medo, na desconfiança e na dor.

Dor que não conseguia traduzir,
que não queria entender e que só passou,
quando senti que era possível receber amor,
que eu tinha valores e que foram notados,
quando me deixei notar,
quando deixei o amor se aproximar.

Hoje, quando penso nas nossas lembranças,
te vejo como um filme antigo, amarelado,
em preto e branco, que não quero ver de novo,
por isso desligo a televisão
onde esse filme insiste em passar,
na certeza de que os meus sentimentos,
hoje são como o controle remoto,
estão nas minhas mãos e eu decidi ser feliz.

Paulo Roberto Gaefke
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