João Paulo II
Mensageiro da Paz
As adversidades da vida são trampolins para os vitoriosos alcançarem os sonhos de maneira definitiva, sem medo de perder. Toda vez que a vida lhe apresentar um problema, imagine-se maior que o mesmo, que você tem armas para vencê-lo e a seu favor existe o próprio tempo, esse incansável amigo dos que sabem persistir e aguardar.
Vou contar uma história verdadeira, que retrata um pouco essa determinação que devemos ter diante das lutas e que mostra que sempre seremos testados e não nos cabe no mundo, o papel de vítima, seja em que aspecto for. Essa é a história de um jovem que ao sair da faculdade depara-se com diversos soldados nazistas que invadiram o seu país e perguntam o que ele fazia da vida. Com ar ingênuo ele responde que apenas estudava e os soldados pedem para ver a sua mão, que era muito fina, e por isso ganhou um veredito: trabalho forçado na pedreira.
E assim, de uma ora para outra, nosso jovem vai trabalhar numa pedreira, com temperaturas de até 20 graus abaixo de zero, quase que sem roupas, com alimentação rara e ruim, vivendo o pior dos pesadelos. Quando uma certa noite meditava sobre a sua sorte e o que poderia acontecer de pior, chega a notícia de que seu pai havia falecido. Tomado pelo choque da notícia daquela pessoa que ele tanto amava, pede caridosamente para o guarda do local pelo menos 1 hora para ir velar o corpo do pai. O guarda que simpatizou-se com o jovem permitiu que o mesmo fosse ver o pai, com a condição de que se demorasse mais de 1 hora, para cada minuto passado, um de seus amigos morreria.
O jovem corre até o local onde o pai estava sendo velado e despede-se emocionado daquele pai maravilhoso que outrora o conduzia na vida. Preocupando-se com seus amigos e a ameaça do guarda, ele volta correndo para a pedreira. No caminho, assiste chocado um soldado arrancar um embrulho dos braços de uma jovem que grita desesperada. O soldado joga o embrulho para o alto e dispara sua arma para divertir-se com tiro ao alvo. A moça desesperada se atira ao chão e agarra o embrulho entre lágrimas, e ali mesmo recebe um tiro certeiro na nuca, tombando ao lado do pequeno embrulho. O jovem e mais alguns amigos que correram para ver a cena, assistem sem poder fazer nada, o soldado se afastar rindo muito. Tentam socorrer a moça e descobrem que o embrulho que ela carregava era seu bebê de poucos dias, que ela tentara de todas as formas defender.
Horrorizado, o jovem acredita que aquilo é o fim do mundo, que não há mais nenhum motivo para se viver e que a humanidade estava perdida por chegar aquele ponto. Seus amigos o carregam para o alojamento e tentam de todas as maneiras consolá-lo. Até que alguém lhe pergunta sobre o que ele gostava de fazer, se tinha alguma habilidade e descobrem que ele gostava de escrever peças teatrais, e assim, eles ganham um escritor para suas pequenas encenações que garantiam a esperança de um dia melhor.
Um dia a guerra acabou e todos comemoraram o fim daquele período de trevas, mas o que vinha sobre o país do nosso jovem amigo se mostraria ainda pior que o nazismo. O país foi dominado pelos comunistas e novas injustiças começavam naquele lugar. É assim que nosso jovem amigo descobre que somente a espiritualidade, uma força Maior poderia construir uma sociedade melhor, mais justa, mais humana e com paz. Assim, com esse pensamento torna-se padre de uma pequena vila, escondida nos confins do mundo.
Esse jovem, hoje um senhor de cabelos brancos, é responsável espiritualmente falando, por mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, fala mais de 30 línguas, viajou todo o planeta pregando a paz, sofreu um atentado já com idade avançada, onde levou um tiro a menos de 2 metros de distância, de uma bala que explode por dentro da pessoa e que sobreviveu segundo muitos, devido a um milagre (13 de maio de 1981). Dois anos após o atentado, o Papa visitou o turco na cadeia de Ancona, onde o perdoou pelo atentado.
Hoje, o jovem, Karol Wojtyla, que nasceu no dia 18 de maio de 1920, na Polônia, é mais conhecido como Papa João Paulo II, que insiste na paz como instrumento de crescimento Universal. Como retrato de superação, a figura do Papa, que mesmo sofrendo dores terríveis pela doença que o acompanha, ainda é capaz de oferecer-se pela paz, é um exemplo para os que insistem em só reclamar, para os que desistem de seus sonhos e acreditam que são vítimas do azar, da infelicidade ou esquecidos por Deus. Todos nós temos um dom, uma força, um poder que devemos usar em benefício de um mundo melhor. Faça a sua parte!
“A todos declaro que a paz é possível. Há-de ser implorada como um dom de Deus, mas também, com a sua ajuda, construída dia-a-dia através das obras da justiça e do amor.” PAZ NA TERRA AOS HOMENS, QUE DEUS AMA!
(Mensagem DE SUA SANTIDADE JOÃO PAULO II PARA A CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA PAZ 1° DE JANEIRO DE 2000)
Eu acredito em você.
Beijo azul
Paulo Roberto Gaefke